domingo, 6 de novembro de 2011

O que almoçamos?

Hora de fazer o almoço. A única proteína pronta a cozinhar que tinha: escalopes de novilho. Sem vontade de comer uma coisa simplesmente simples, como escalopes grelhados com salada, pus-me a pensar no que fazer. Falei com o meu mano para ver se se fazia luz, e fez-se. Ele sugere prego gourmet. Não tenho pão, mas... Gourmet?, penso eu. Tenho visto hambúrgueres gourmet e levam todos cebola e fois gras... Fez-se luz.

Abri o congelador e a primeira coisa que vi foi couve-de-bruxelas. Certo, não é coisa de que goste muito, mas estava no supermercado e achei que devia variar um bocadinho. Cozi com sal alguns minutos e retirei, passando por água fria e depois cortando em metades.

Para o caso de a couve-de-bruxelas sair muito mal, decidi fazer batata - porque raramente se erra com batata. Cortei uma batata grande ao comprido e cozi com sal. Escorri, reguei levemente com azeite e fui à minha horta buscar tomilho. Grelhei.

Numa frigideira, salteei cebola roxa em azeite aromatizado com alho. Depois de translúcida, reguei com vinho do porto branco e deixei apurar. Adicionei um pouco de vinagre balsâmico, uma noz de manteiga e juntei finalmente as couves-de-bruxelas para caramelizar. A cebola adocicada ficou estaladiça aqui e ali, as couves-de-bruxelas perderam a amargura... Nice...

Grelhei os escalopes durante breves minutos e servi. Sempre é mais interessante do que bife grelhado com salada. 

segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Chili vegetariano

Após sugestão de uma alma gastronomicamente mais culta, subscrevi o site Gojee onde me tenho deliciado com imagens de doces e salgados que nunca chego a fazer porque não tenho grande pachorra para planear refeições e comprar os ingredientes para um prato específico.

Recebi hoje no email mais uma sugestão deste site e fez-se luz. Podia aproveitar as batatas doces que tinha há 3 semanas na despensa. Feijões tenho sempre. Pimentos e cebola roxa... Bem, precisava de ir ao supermercado de qualquer modo.

O prato é reconfortante. Tem sabores intensos. Tem cores de encher a barriga. Aquece, delicia. Ainda por cima, é saudável.

A receita está aqui e a única coisa que fiz de diferente foi reduzir quantidades, usando uma só lata de feijão (escolhi encarnado), adicionando ainda pimento amarelo. No topo, coentros e rabanetes. Para acompanhar, pão chapata torrado.






quinta-feira, 30 de junho de 2011

Bolo de velulo vermelho e baunilha para o João

Manias que surgem depois de ver o Cake Boss... Fiquei com vontade de fazer um bolo de veludo vermelho. Procurei receitas e acabei por me decidir pela receita de bolo de chocolate que faço habitualmente, acrescentando apenas corante vermelho.

Dividi a massa por três formas iguais. Quando saíram do forno, os bolos estavam tão baixinhos (talvez o corante tire a fofura do bolo... Talvez seja por isso que recomendam desfazer o fermento em vinagre, coisa que não cumpri!) que achei melhor fazer outro bolo, desta vez de baunilha. A massa foi vertida numa só forma e, depois de arrefecer, cortei o bolo em duas metades. Tudo para reduzir o trabalho de ter de lavar mais uma forma.

O creme é de mascarpone - bastou comprar o queijo e adicionar uma gema e açúcar em pó. Creme e morangos cortados em cada camada et voilá!

segunda-feira, 13 de junho de 2011

Biscoitos de mel e limão

Para pôr fim a uma curto período de infelicidade causado por uma digestão mal feita que me levou a ficar cara a cara com a grande Porcelana Branca e consequente cuidado com os alimentos ingeridos, decidi fazer uns biscoitos de mel e limão para imitar os que costumo comprar na Sabores e Delícias das Colinas do Cruzeiro.

Uma busca rápida no google levou-me à base da receita, que alterei (como quase sempre altero as receitas).

320gr farinha
160gr margarina
1 ovo
mel, a olho
fermento, a olho
20gr açúcar mascavado escuro
80gr açúcar amarelo
casca raspada e sumo de meio limão

Misturei tudo garantindo que a margarina, trabalhada a temperatura ambiente, ficasse bem integrada na mistura. Com a ajuda de uma colher de sopa, pus a massa no tabuleiro forrado a papel vegetal - deu para 18 biscoitos. Espalmei a massa (que não fica estendível, mas sim muito pegajosa) com a ajuda de um garfo enfarinhado para ficar com uma forma mais arredondada. Pus no forno a 200º e tirei assim que vi o fundo ficar dourado.

São muito bons mas nem vale a pena pôr aqui uma foto porque não primam pela beleza - alas não se pode ter tudo!

sexta-feira, 13 de maio de 2011

Broas de Erva Doce

Novembro. Numa pequena vila - ou será aldeia, ou povoado, ou lugar, ou lugarejo? - miúdos batem à porta e gritam nas suas vozes estridentes e ansiosas: Pão-por-Deus! 

É verdade que este pedido se traduzia em doçaria variada e até em moedinhas para os miúdos conhecidos. Mas o que eu gostava mesmo nessa tradição era da broa. Um pouco como a tradição das rabanadas no Natal, toda a gente dava broas de Todos os Santos a toda a gente. Troca por troca, no final do dia cada um tinha mais ou menos a quantidade com que tinha começado.

Quando vejo rabanadas lembro-me sempre de um episódio de Natal de uma série portuguesa (possivelmente da época do Duarte e Companhia), em que havia uma mulher que trabalhava numa oficina. A actriz até é conhecida, loira... Mas só me consigo lembrar da Ivone Silva e não é ela! Enfim... Tanto lhe ofereceram rabanadas que no final havia uma pirâmide. Zoom out e lá estava o Coro de Santo Amaro de Oeiras a cantar A Todos um Bom Natal. Ou será que era simplesmente um programa especial de Natal e não uma série? Que frustração não me lembrar!

Mas voltemos às broas. Tinha ali pinhões e apetecia-me trincar qualquer coisa (doce mas não demasiado)... Depois de alguma luta interna, decidi-me por broas e fui à caça de uma receita. Adaptei daqui e voilá:

250gr farinha
125gr açúcar amarelo
1 ovo
1 colher de sopa de óleo
fermento qb
leite qb
canela, noz moscada, cravinho, erva doce e raspa de limão a gosto
pinhões




segunda-feira, 2 de maio de 2011

Biscoitos de manteiga de amendoim

Comprei a manteiga de amendoim no mesmo dia que comprei as tâmaras, na expectativa de experimentar fazer biscoitos de manteiga de amendoim, que me invadem o palato do imaginário dia sim dia sim.

Vi várias receitas e acabei por experimentar uma da Nigella só porque tinha menos quantidades de cada ingrediente, o que permitia ter poucos biscoitos (ou seja, se corresse mal não me custaria tanto deitar fora).

Claro que introduzi duas pequenas alterações - dei um toque de extracto de baunilha e... pepitas de chocolate!

Não é uma receita extraordinária por isso, para a próxima, experimento a do site da Vaqueiro, que não fiz desta vez porque me pareceu ter demasiada margarina... Já é a segunda vez que a Nigella me induz em erro - primeiro com a tarte de ruibarbo e agora com os biscoitos. Começo a pensar que não tem muito jeito para a cozinha e que o seu sucesso se deve somente aos sons orgásticos que emite cada vez que come qualquer coisa, particularmente doces.

Mas avante...

75gr de açúcar amarelo (queria pôr mascavado mas só tinha granulado, que não ia resultar; e mascavado escuro que é demasiado forte)
50gr de manteiga de amendoim
50gr margarina
1 ovo
100gr farinha, e mais um pouco para moldar
1 colher de chá de extracto de baunilha
pepitas de chocolate


Bati todos os ingredientes menos a farinha e as pepitas com a ajuda da batedeira eléctrica. Depois juntei os ingredientes que sobraram, misturando tudo, e pus no frigorífico durante uma hora.

Moldei pequenas bolinhas que depois marquei com um garfo.

E quase me esqueci dos bolinhos enquanto preparava o tempero para um pato. Deveria ter ficado dois minutos a menos (portanto, só 10!) a temperatura 190º.

São bons, não são extraordinários. Quem conhecer uma receita imbatível que se acuse!

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Bolo para a Rita e para a Maria

Parece que Sticky Toffee Pudding, ou Sticky Date Pudding, é muito apreciado no Reino Unido e no outro dia recebi uma sugestão para fazer este bolo.

Passo número 1: comprar tâmaras. Ontem, quando saí do trabalho, fui em expedição para a baixa e parei na Manteigaria Silva - na altura apinhada de estrangeiros a provar vinhos, acompanhados por um jovem guia português. Comprei a qualidade mais barata porque se trata de uma experiência. As tâmaras estavam a 3,80€ o quilo enquanto as tâmaras naturais de Israel estavam a 14€! Depois segui para o El Corte para comprar açúcar mascavado - é caro mas dá um sabor muito diferente aos bolos, a lembrar alcaçuz - Whitworths Dark Brown Soft Cane Sugar.

Segui esta receita com algumas alterações.

Comecei por cozinhar 180gr de tâmaras com 300ml de água e uma colher de sopa de bicarbonato de sódio. Mas não me lembrei da importância de seguir os tempos indicados na receita. Em vez de 4 minutos deixei ficar 10 e saiu dali um produto preto esverdeado que, just in case, descartei.

O que se pretende é isto:

E não isto (!):

Passei a varinha mágica só para obter uma mistura mais suave. Numa taça misturei 160gr de açúcar mascavado (talvez experimente mascavado claro para a próxima), 50gr de margarina e dois ovos. Seguiram-se as tâmaras com o seu líquido, uma colher de sopa de cachaça e 180gr de farinha com fermento. Adicionei também um bocadinho de canela, cravinho e noz moscada.

Foi ao forno aquecido a 180º durante 45 minutos e, enquanto arrefeceu numa grelha, fiz o molho. 90gr de açúcar, 25gr margarina num tachinho em lume brando - adicionando depois 200ml de natas.


Um bolo muito forte, diferente e interessante e que só se consegue comer (pelo menos eu e pelo menos o meu) em pequenas quantidades.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Bolinhos de batata doce com pepitas de chocolate

São bolinhos, não são bolachas, porque a falta de paciência não me permitiu obter a consistência certa...

Vi algumas receitas na internet, sempre com medidas americanas (que irritação!) que me obrigam a fazer contas, ou demasiado simples, ou demasiado complexas. Portanto, inventei e as invenções nem sempre saem como o previsto. Estragou o tema do dia, "bolachas", portanto alterei para "bolaria".

Ingredientes:


Cozi três batatas doces pequenas, e depois de arrefecerem ligeiramente tirei-lhes a pele.  Esmaguei-as com um garfo. Depois adicionei um ovo e bati tudo tentando obter uma pasta homogénea.

Adicionei 4 colheres de sopa de açúcar - usei branco mas seria melhor mascavado fino, que não tinha em casa. O melhor é ir provando para ver se está doce o suficiente porque depende um pouco da batata. Seguiram-se 10 colheres de sopa de farinha (comecei com 6 e depois fui aumentando à medida que achei ser necessário) e um pouco de fermento em pó que me lembrei a meio do processo, daí não aparecer na foto!

30 gr de margarina, noz moscada e canela a gosto... e PEPITAS DE CHOCOLATE - imprescindível :) Se não houver pepitas, não é grave - corta-se um pouco de chocolate preto.

Usando um pouco de farinha, formei pequenas bolinhas e foi ao forno a 190º.

Depois de 20 minutos (ir espreitando e tirar antes de o fundo queimar), cá estão eles!

Bolachas de chocolate e Frangelico

Dia de bolachas!

Para a segunda fornada usei como referência a receita de bolachas de chocolate do Pantagruel - mas só mesmo para ter noção das quantidades. Porque não tem nada a ver :)

110 gr farinha
60 gr açúcar
40 gr margarina fria
fermento em pó, a olho
cacau em pó, até a cor me agradar (se se usar chocolate em pó, retirar o açúcar)
Frangelico, até me cheirar bem a avelã



Comecei a misturar e não parecia ir a lado nenhum. Os ingredientes secos não ligavam com a margarina. Mas contive-me e decidi continuar a amassar. Resultou! Estendi a massa, usei uma chávena de café para moldar as bolachas...

E, claro, como sempre - para terminar - deixei arrefecer numa grelha para bolos.



... und keine Eier

Dia de férias. Televisão, limpezas e cozinhados.

Tive uma vontade súbita de fazer bolachas e comprei pepitas de chocolate. Na busca de uma boa receita, folheei a  Saberes & Sabores, que tem receitas muito apelativas (ou tinha, quando assinava a revista). Mas surgiu outra receita interessante pelo caminho e, como tinha os ingredientes, resolvi experimentar.

Como quero fazer mais do que um tipo de bolachas, fiz metade da receita

Saberes & Sabores, nº 160 (Junho 2007)

Bolachinhas de sésamo preto com laranja
350 gr farinha
100 gr açúcar (+ o necessário para moldar as bolachas)
sal
200 gr Vaqueiro
4 colheres de sopa de sementes de sésamo preto
1 laranja média ( cerca de 1 dl de sumo)

Ligar o forno a 180º.
Misturar a farinha, o açúcar e uma pitada de sal. Adicionar a margarina fria aos pedaços e ligar até ficar com uma textura tipo areia. Adicionar a raspa da laranja e as sementes de sésamo e misturar rapidamente. Adicionar o sumo da laranja. Polvilhar a bancada com açúcar, estender a massa e cortar na forma que se quiser.
Coze em cima de uma folha de papel vegetal durante 15 minutos.


domingo, 10 de abril de 2011

Spaghettoni com Camarões e Rúcula

Fiz um lombo de porco ontem que me vai durar quatro ou cinco refeições - nada melhor para poupar dinheiro do que comprar grandes pedaços de carne em vez de bifinhos... Para não enjoar, decidi fazer qualquer coisa diferente para o jantar.

Primeiro, preparei o camarão congelado, descascando-o e tirando o veio. Depois, fervi uma panela com água e sal para o spaghetonni fresco. Aqueci uma frigideira com azeite de alho e deitei lá para dentro um pouco de gengibre fresco ralado. Fritei os camarões, adicionando uma pitada de sal e piripiri. O Chivas Regal sente-se sozinho porque ninguém o bebe, portanto decidi dar azo ao meu samaritanismo - uma dose simpática para cima dos camarões, que incendiei logo de seguida.

Escorri o spaghettoni e temperei-o com azeite para não colar. Em cada prato, algumas folhas de rúcula. Depois a massa, depois os camarões, depois os pinhões.

Estimativa para duas pessoas:
Camarão (8 para cada um): 4,96€
Rúcula: 0,40€
Spaghettoni Pingo Doce - massa fresca: 0,79€
Pinhões: 0,80€
Gengibre: 0,01€
Azeite: 0,10€
Piripiri: 0,05€
Água para fervura, sal, whisky: ??

Nada mau, menos de 4 euros por uma refeição apetitosa!

sábado, 9 de abril de 2011

Bolo de limão e sementes de papoila

O Starbucks tem um bolo que em teoria é fantástico: bolo de limão com sementes de papoila. Infelizmente, pré-fatiado, tende a secar e a ficar rijo à superfície.

Há muito tempo que tenho em mente fazer um bolo destes, mas os outros (chocolate, cenoura, laranja) acabam por se sobrepor.

Mas hoje fui à procura da receita. Pesquisei em todas as revistas da Vaqueiro que tenho, no livro das Donas de Casa Desesperadas, em blogs. E depois decidi não complicar. Peguei na receita de bolo de chocolate do que fiz para o aniversário do meu irmão e mudei-a um pouco.

4 ovos
250gr açúcar amarelo
sumo de um limão médio
125gr margarina derretida
250gr farinha sem fermento
1 colher de sopa de fermento
1 colher de sopa de sementes de papoila

Et voilà!

sábado, 26 de março de 2011

Zafferano

Num terrível acesso de fome por coisas boas, pensei em soluções para um jantar. As ideias do costume surgiram naturalmente: japonês, talvez Nood; português requintado, talvez O Jacinto; um bom chinês, decididamente o Hong Kong. Mas havia uma ideia que não me largava. Risotto. A culpa é toda do Gordon Ramsey e do seu risotto de espargos e parmesão que vejo frequentemente no Hell's Kitchen.

Depois de consultar o habitual consultor, optei pelo Zafferano e lá fomos nós para a Trindade. O espaço é muito interessante, com pinturas de flores lilás em toda a parede.

Decidiram copiar-me e comemos todos risotto.

O João ficou com o melhor. Risotto de três queijos e uvas brancas, sob uma chuva de frutos secos tostados. Era o risotto mais trabalhado e mais surpreendente em termos de combinação de sabores.

O João (mano) ficou com o risotto de camarão e mexilhões, com tomate e vinho branco. Era muito próximo de um arroz de marisco e não houve efeito surpresa. Algo normal e, diria eu que gosto de ir a restaurantes com este aspecto na expectativa de ser surpreendida, dispensável numa futura visita.

Eu pedi o risotto de pêra, gorgonzolla, rúcula e martini rosso. Combinação interessante e saborosa. Um prato muito cremoso mas que ocupou um segundo lugar na mesa por ser menos trabalhado.


Para minha (má) surpresa, as sobremesas que tinham potencial não estavam disponíveis. Nem pêra cozida em citrinos e açafrão, servida com creme de caramelo nem gelado de açafrão, baunilha e sabor do dia, que seriam o rosto das sobremesas da casa que se chama... Zafferano! Acabei por não comer nenhuma porque as restantes eram óbvias e, como tal, representavam calorias sem sentido.

O preço é justo. Com água, cerveja e couvert ficou a 16 euros por pessoa.

Um bom restaurante a regressar apenas quando tiver dado volta aos outros da minha lista.

domingo, 13 de março de 2011

Scones

Comecei a fazer scones quando fui a uma casa de chá e fiquei com a língua encortiçada de tanto usarem o que pareceu ser maizena. I can do better than this! Irrita-me solenemente pagar para comer algo que consigo fazer melhor.

Cedo recorri à minha bíblia e experimentei a primeira receita de scones que surgiu. Descartei as outras por causa dos ingredientes (banha?? blhac!)

Scones Inglaterra, receita 4785 do Livro de Pantagruel.
15 c. sopa farinha
3 c. sopa açúcar
6 c. sopa leite
1 c. sopa manteiga (uso margarina)
1. c. sopa fermento em pó
1 ovo
1/2 c. café de sal

O importante é ligar os ingredientes mas não cansar muito a massa, se não perde-se a delicadeza pretendida.

Como comprei passas e tinha por ali nozes decidi fazer scones para o lanche. (Parece que tenho de me comprometer a ir ao ginásio amanhã). Usei uma receita do site da Vaqueiro.
320 gr farinha
1 c. sopa fermento em pó
1 c. chá sal
30 gr Vaqueiro (não derreter, simplesmente desfazer em pedaços pequenos com as mãos)
2 dl de leite
30 gr açúcar

A receita diz ainda 30 gr de passas, mas eu misturei passas e nozes a olho, sem pesar. O forno não deve estar muito alto - a uns 180 ou 190º se não queima a parte de baixo sem cozer bem.

Servi (que é como quem diz, comi) uns com manteiga e outros com "lemon curd". Voilà!


domingo, 6 de março de 2011

Bolo com pasta de açúcar # 2

Para comemorar o aniversário do mano a 29 de Fevereiro...

Fiz um bolo de chocolate que cobri de creme de manteiga com essência de amêndoas. As tiras brancas foram a minha tentativa de masculinizar o bolo porque a única pasta que tinha suficiente para o cobrir era lilás...

sábado, 29 de janeiro de 2011

O meu Ramen

O Nood tem muitas coisas boas, mas a melhor é - não tenho dúvida - o ramen. Não me lembro quando o provei pela primeira vez, mas lembro-me de ter ficado maravilhada (e a suar) (e mais do que cheia).

A viagem a Londres não ficou marcada somente pel'Os Miseráveis, mas também pelo ramen do vietnamita que esbarrou no meu caminho no bairro chinês.

Depressa comecei a fazer experiências em casa, logo depois de a minha mana ter encontrado colheres de pau fundas que davam para o efeito. Hoje, sem querer voltar a comer a sopa que como há uma semana (malditos conselhos da nutricionista que sugeriu fazer um panelão), lembrei-me de fazer um ramen. Não que tivesse ingredientes interessantes, mas porque é fácil de fazer, é quentinho, é saboroso... É comfort food.

Lembrei-me que tinha peitos de frango no congelador, portanto tirei um e cozi com um pouco de sal.

Entretanto, salteei cogumelos brancos frescos até ficarem com tons dourados aqui e ali. Depois salteei a mistura chinesa de uma cadeia de hipermercados que garante que o cliente não sentirá os efeitos do aumento do IVA (tem ervilhas em vagem, pimentos, rebentos de soja, cebola...).

Tirei o frango, desfiei-o e passei na frigideira com azeite com alho para dar cor.

Cozi massa soba na mesma água onde cozi o frango, que retirei alguns minutos antes de estar completamente cozinhada porque, afinal, ia ficar em água quente mais tempo.

Acrescentei mais água quente à água onde cozi o frango e a massa, e adicionei pasta miso. Com um toquezinho de cebolinho, deu isto :)


sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

O meu primeiro bolo com pasta de açúcar

A minha colega Natascha tem uma mãozinha para bolos invejável. Fez um bolo lindo com o logo da empresa, e depois outro com uma árvore de Natal. E, também por ser viciada no Cake Boss, senti-me inspirada a fazer um bolo com pasta de açúcar.

Fui à Casa de Bolos comprar só a pasta de açúcar, mas saí de lá com alguns quilos de material que me magoaram as mãos no autocarro.

Hoje celebro os meus 29 anos e, depois de acordar, responder a umas mensagens e tomar o pequeno-almoço, fiz um bolo de chocolate. Enquanto arrefecia numa grelha, fiz o creme de manteiga com raspas de limão.



Já frio, aparei o topo para a pasta "encaixar". É escusado dizer o que aconteceu aos aparos.


Mas, coitado, é um bocado baixinho e vai ficar ridículo na mesa, pensei eu... Portanto, depois de muito ponderar durante um almoço na Calçada da Estrela, fiz um bolo de laranja.

Estendi a pasta de açúcar...

Cortei o bolo de chocolate ao meio e fiz um chocolate-laranja-chocolate coberto de creme de manteiga com raspas de limão, para a pasta colar...

Enrolei a pasta de açúcar no rolo e desenrolei-a em cima do bolo...

Moldei e cortei o que estava a mais... E alisei com uma ferramenta maravilhosa e algo cara que se chama alisador de pasta de açúcar.

Toque feminino com rosas brancas de açúcar...

E não é que, tirando as velas e comendo uma fatia, parecia a Mrs Pacman? O meu vício de jogos não tem limites!

Kampai

Tirei o dia de 21 de Janeiro. Seria demasiado masoquista aturar chefes no meu aniversário.

Para tornar o dia solitário (só eu pude tirar férias) especial, comecei o dia com um tratamento de mãos e pés com parafina - oferta do marido. Interessante mas para a próxima levo um livro! E depois, como é natural, precisava de ir a um restaurante que me enchesse os olhos e o palato. O mano, que felizmente tem um horário mais flexível e me pode fazer companhia, sugeriu vários e eu escolhi o Kampai.

O Kampai fica na Calçada da Estrela e o espaço anuncia a sua inspiração: os Açores. 


Acompanhámos a refeição com uma bebida clássica - chá verde gorreana da ilha de S. Miguel. Começámos com uma simples sopa miso que, quando é mal feita, parece água de lavar pratos mas que, quando é bem feita, é comfort food. Felizmente, não falharam.


Não sei se alguma vez contei aqui, mas tenho uma fixação por guiozas. E, por isso, não puderam faltar à ementa. Delicadas, tostadas em baixo, com um recheio bem temperado, desfazem-se na boca devagar... A massa das guiozas do Kampai era muito boa - leve e fina e com um sabor suave que não se sobrepôs ao recheio nem à soja. Como todas as coisas que parecem simples de fazer, é muito fácil errar e já tive a infeliz oportunidade de comprovar isso mesmo noutros restaurantes, daí ficar tão contente quando a degustação corresponde às expectativas.



Pedimos o teriyaki de galinha com algum receio de ficarmos com fome só a pedir "petiscos". Mas fiquei verdadeiramente surpreendida com os sabores enriquecidos de soja e sésamo do prato.


Seguiram-se os tais "petiscos". Ovas de peixe voador e salmão (gunkan sake to tobiko) em que pequenas esferas carregadas de sabor explodiram na língua. Um bom toque com o cebolinho.


A enguia, um pouco estranha e aborrachada (sushi nigiri unagi):


E a estrela do almoço... Atum semi-grelhado (sushi nigiri toro). Absolutamente excepcional. Era capaz de voltar e fazer uma refeição só disto...


Terminámos com um bolo de arroz, só mesmo porque não é possível terminar uma refeição de aniversário sem sobremesa! Pegajoso, muito doce e quase impossível de partilhar com outra pessoa (mas conseguimos).


Um bom almoço com uma boa companhia e muito boa comida.

sábado, 1 de janeiro de 2011

Neuhaus Experience (5 and final)

MANON LAIT
É bom mas não é uma surpresa.

PASSION GANACHE AMERE
Para quem gosta de chocolate preto, é incontornável.

MANON CHOCO-CAFE
Como não sou grande fã de chocolate branco... É uma textura que se torna mais aguada do que cremosa.

CAPRICE
Muito bom. Mesmo. É de facto, uma estrela.

MEPHISTO
Irmão de Satan, bom.

SAPHO
Com amêndoa, não falha.

MANON CHOCO VANILLE
Com um toque especial: uma noz pecan.