Quando se abre um restaurante em plena Avenida da Liberdade, aberto para almoços, tem-se de estar preparado para acolher clientes com pressa. Clientes que trabalham ali ao pé, que têm uma hora de almoço, que querem comer bem mas rápido.
A ementa, cá de fora, tinha bom ar. A decoração do restaurante não mudou quase nada desde os tempos do LA Caffe - que agora partilha o espaço do Tea Room em cima da loja de roupa da Lanidor.
O pão era bom, a manteiga caseira também. Mas o prato demorou mais de meia hora a vir para a mesa... Talvez não me incomodasse num jantar, mas ao almoço não é bem o ideal: quando vier a comida vou ter de a devorar para não me esticar com a hora de almoço.
A pobre rapariga sentiu a nossa impaciência, veio ter connosco - mas não é ela que está na cozinha e nada pode fazer se não "a cozinha pede desculpa pelo atraso" quando finalmente nos serve.
O prato da minha companhia era bom: um arroz quase risotto (e o restaurante defende-se bem ao não o chamar de risotto) com cogumelos e frango recheado com farinheira. Mas nada de especial ou diferente.
O cachaço de porco com migas de espargos prometia... Mas estava tão salgado que não consegui comer tudo.
E estão a ver as folhinhas de rúcula? Gosto muito de rúcula. Comecei a comê-las até que me apercebi que estava qualquer coisa colada a uma delas - parecia um casulo. A Ana agarra na folha e chama a senhora: "Olhe, o que é isto??" "Não sei, mas vou já saber." Vai à cozinha e eu comento: "Aposto que abriram uma embalagem daquelas de supermercado e meteram aqui umas folhas sem sequer lavar." Ponho o resto da rúcula para o lado. "Quer dizer, se estou em casa até sou capaz de não lavar a salada pré-embalada e pré-lavada, mas quando vou a um restaurante..." e pago 13 euros por um prato espero que se dêem a esse trabalho. A senhora volta lá de dentro e assegura que era uma sementinha que vinha no saco porque a rúcula vinha na mesma embalagem que a alface e tal, garantindo que não é sujidade. Pois.
Pobre rapariga, a dar a cara pela cozinha. Trabalho ingrato.
Não foi uma experiência negativa, mas positiva também não foi...
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