sexta-feira, 13 de maio de 2011

Broas de Erva Doce

Novembro. Numa pequena vila - ou será aldeia, ou povoado, ou lugar, ou lugarejo? - miúdos batem à porta e gritam nas suas vozes estridentes e ansiosas: Pão-por-Deus! 

É verdade que este pedido se traduzia em doçaria variada e até em moedinhas para os miúdos conhecidos. Mas o que eu gostava mesmo nessa tradição era da broa. Um pouco como a tradição das rabanadas no Natal, toda a gente dava broas de Todos os Santos a toda a gente. Troca por troca, no final do dia cada um tinha mais ou menos a quantidade com que tinha começado.

Quando vejo rabanadas lembro-me sempre de um episódio de Natal de uma série portuguesa (possivelmente da época do Duarte e Companhia), em que havia uma mulher que trabalhava numa oficina. A actriz até é conhecida, loira... Mas só me consigo lembrar da Ivone Silva e não é ela! Enfim... Tanto lhe ofereceram rabanadas que no final havia uma pirâmide. Zoom out e lá estava o Coro de Santo Amaro de Oeiras a cantar A Todos um Bom Natal. Ou será que era simplesmente um programa especial de Natal e não uma série? Que frustração não me lembrar!

Mas voltemos às broas. Tinha ali pinhões e apetecia-me trincar qualquer coisa (doce mas não demasiado)... Depois de alguma luta interna, decidi-me por broas e fui à caça de uma receita. Adaptei daqui e voilá:

250gr farinha
125gr açúcar amarelo
1 ovo
1 colher de sopa de óleo
fermento qb
leite qb
canela, noz moscada, cravinho, erva doce e raspa de limão a gosto
pinhões




segunda-feira, 2 de maio de 2011

Biscoitos de manteiga de amendoim

Comprei a manteiga de amendoim no mesmo dia que comprei as tâmaras, na expectativa de experimentar fazer biscoitos de manteiga de amendoim, que me invadem o palato do imaginário dia sim dia sim.

Vi várias receitas e acabei por experimentar uma da Nigella só porque tinha menos quantidades de cada ingrediente, o que permitia ter poucos biscoitos (ou seja, se corresse mal não me custaria tanto deitar fora).

Claro que introduzi duas pequenas alterações - dei um toque de extracto de baunilha e... pepitas de chocolate!

Não é uma receita extraordinária por isso, para a próxima, experimento a do site da Vaqueiro, que não fiz desta vez porque me pareceu ter demasiada margarina... Já é a segunda vez que a Nigella me induz em erro - primeiro com a tarte de ruibarbo e agora com os biscoitos. Começo a pensar que não tem muito jeito para a cozinha e que o seu sucesso se deve somente aos sons orgásticos que emite cada vez que come qualquer coisa, particularmente doces.

Mas avante...

75gr de açúcar amarelo (queria pôr mascavado mas só tinha granulado, que não ia resultar; e mascavado escuro que é demasiado forte)
50gr de manteiga de amendoim
50gr margarina
1 ovo
100gr farinha, e mais um pouco para moldar
1 colher de chá de extracto de baunilha
pepitas de chocolate


Bati todos os ingredientes menos a farinha e as pepitas com a ajuda da batedeira eléctrica. Depois juntei os ingredientes que sobraram, misturando tudo, e pus no frigorífico durante uma hora.

Moldei pequenas bolinhas que depois marquei com um garfo.

E quase me esqueci dos bolinhos enquanto preparava o tempero para um pato. Deveria ter ficado dois minutos a menos (portanto, só 10!) a temperatura 190º.

São bons, não são extraordinários. Quem conhecer uma receita imbatível que se acuse!