Enquanto esperava pela hora do lançamento do livro O Sorriso da Lua na Universidade Aberta, sentei-me num banco debaixo da grande árvore do jardim do Príncipe Real e li muitas páginas de um livro que já devia ter lido há muito mais tempo. Protegida pela árvore, o sol aquecia-me aqui um bocadinho, ali outro, à medida que ia descendo com o passar dos minutos.
17.30, a meia hora do lançamento, vou descendo a Rua da Escola Politécnica e, sem hesitar, viro à esquerda para visitar a CLAUDIO CORALLO.
Sem querer gastar muito, e sabendo que os chocolates não são baratos, decido antes de entrar que vou só pedir um sorvete.
- Era um sorvete, se faz favor.
Enquanto a senhora prepara o sorvete, uma pequena bola cremosa e não muito doce de chocolate de S. Tomé e Príncipe, leio uma carta afixada na parede - um louvor de um representante do governo de S. Tomé. Bem merecida. Não se compra chocolate assim no supermercado... E eis que os meus olhos descem para o menu... E percorrem a montra, analisando as formas dos chocolates, as texturas, as etiquetas informativas. E antes de a senhora pousar o sorvete no balcão ouço a minha voz.
- E já agora uma barra de chocolate com laranja e outra com avelãs.
12 euros e trocos que desaparecerão em menos de dois dias.
Mas já devia saber que quando lá vou não consigo trazer só uma coisinha, não consigo comprar só um bombom com centro de gengibre ou um ganache.
Tenho dúvidas que seja um chocolate apreciado por todos. Aqueles que dizem "tens de provar este chocolate extraordinário, é cadbury" (sim ,essas pessoas existem, comprovo) ou que só ficam satisfeitos com uma overdose de açúcar dificilmente saberão apreciar este chocolate.
Desde o chocolate 100% ao chocolate com cristais de açúcar, até hoje tenho apenas uma sugestão para melhorar os chocolates Claudio Corallo: torrar as avelãs antes de as envolverem no chocolate. Acho que faria uma grande diferença.
E lá fui eu para a UAb, de sorvete na mão, retirando-o do recipiente com uma colher pequenina, nunca enchendo a colher para fazer o sorvete durar mais.